Toda a questão essencial em relação à disputa pelo governo, a principal pergunta, o que se ouve nos meios políticos e nos bastidores se transforma em uma pergunta simples e objetiva: quem será beneficiado com a saída de Ivo Cassol da campanha eleitoral e pela disputa à cadeira do Palácio Rio Madeira/CPA? A resposta não é tão simples.
Vai depender muito da posição do próprio Cassol, sobre seu eventual interesse em participar, mesmo que indiretamente, do pleito de outubro. O que se sabe, por amigos e pessoas que conversaram com o ex-governador, é que, a princípio, ele pretende ficar distante do processo. Questionado por este Blog se falaria sobre a decisão do STF, que o tirou da disputa, Cassol disse apenas uma frase curta: “Deus sabe o que faz!”.
Mas, como um ser político, que jamais deixou de, seja ativamente, seja de forma indireta, participar do mundo em que teve mandatos de grande sucesso, pode ser que o ex-governador e ex-senador decida, mais à frente, entrar na campanha. Inclusive, para dar um suporte importante à sua irmã, Jaqueline Cassol, candidatíssima à única vaga ao Senado. Para que lado ele tenderia, caso mudasse de opinião sobre uma eventual participação na campanha? Cassol já esteve próximo do deputado federal Léo Moraes, com quem conversou sobre a sucessão estadual, mas nenhuma decisão definitiva foi tomada.
Com relação ao senador Marcos Rogério, dificilmente haveria algum acordo, porque ambos têm posições muito diferentes e não há uma ligação política histórica entre os dois. Já sobre uma aproximação com o governador Marcos Rocha, as possibilidades seriam concretas, na medida em que os dois têm pontos em comum: ambos são de direita; ambos apoiam a reeleição do presidente Jair Bolsonaro e ambos têm, na atual deputada Jaqueline Cassol, uma intermediadora de peso.
Claro que as coisas da política nunca podem ser dadas como definitivas. O que é concreto é que, queira-se ou não, Cassol é um grande líder político e tem milhares de apoiadores. Seria, caso candidato, um nome com imenso potencial eleitoral para chegar novamente ao poder. Sua exclusão, pela decisão do STF, não o afasta totalmente da lides políticas, o que aconteceria apenas por vontade própria.
O que se pode imaginar é para que lado Cassol tenderia, caso decidisse participar, de alguma forma, do processo da sucessão estadual. Claro que há outras importantes forças políticas, como o MDB, ainda o maior partido do Estado e que até agora não definiu para que lado vai, embora esteja conversando com todos os candidatos de centro e de direita, mas não deixou de “namorar” o advogado e professor Vinicius Miguel, candidato importante da esquerda rondoniense.
Enfim, os três nomes que até agora aparecem com maior potencial (Marcos Rocha, Marcos Rogério e Léo Moraes), estão buscando apoios onde podem. Cassol e o MDB são forças que não se pode ignorar, para quem quer vencer uma eleição. Veremos, em breve, quem vai conseguir cooptar essas duas forças políticas.
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