Foi deflagrada na manhã desta quarta-feira (11), em Rondônia, pela Polícia Federal (PF), a Operação Veneto, que tem por objetivo desarticular esquema de desmatamento no Parque Nacional do Mapinguari e e desestruturar organização criminosa dedicada a fraudar o Sistema Oficial de Controle de Produtos Florestais (SISDOF) com o propósito de permitir a comercialização dessa madeira ilegal com aparência de lícita.
De acordo com a PF, na operação foram cumpridos mandados de busca e apreensão em madeireira situada em Vista Alegre do Abunã/RO e também contra pessoas físicas responsáveis por operacionalizar esquema de extração ilegal de madeiras no interior do parque.
A ação teve a participação de agentes do Ibama, que realizaram fiscalizações administrativas no pátio da empresa alvo para verificar a compatibilidade do saldo de madeira constante do pátio com o respectivo registro no SISDOF. Foram cumpridos 4 mandados judiciais.
INVESTIGAÇÕES
A investigação, segundo a Polícia Federal, teve início a partir da prisão em flagrante de oito pessoas que foram encontradas pelo ICMBIO no interior do Parque Nacional do Mapinguari com armas, tratores esteiras e caminhões extraindo madeiras em local proibido. As diligências investigativas levaram à identificação da empresa receptora da madeira ilegal e seus gestores.
Segundo as investigações, os criminosos inserem informações falsas no SISDOF para burlar o controle da origem de produto florestal, mediante registros de transações fictícias de compra e venda de madeiras de origem legal, com o único objetivo de obter saldo virtual para “cobrir” as madeiras extraídas ilegalmente no parque e permitir a comercialização com aparência de produto lícito ao consumidor final.
Foi determinado também o sequestro e bloqueio de bens dos investigados até o montante de R$ 1.530.156,32, valor estimado por peritos federais como representativo do dano causado. Todas as medidas foram deferidas pelo Juiz Federal da 3ª Vara Federal Criminal de Porto Velho/RO, que é especializada em Crimes Financeiros, Lavagem de Capitais e Organizações Criminosas.
POSSÍVEIS CRIMES
Os investigados poderão responder pelos crimes de organização criminosa, lavagem de capitais, falsidade ideológica, receptação e transporte ilegal de produto florestal, cujas penas máximas somadas chegam a 28 anos.
Fonte: Segundo News, com informações da PF
Fotos: Divulgação PF