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Candidatos com Ratinho: Bolsonaro volta a prometer auxílio fixo de R$ 600

por: SBT News

Sobre o resultado das urnas, o presidente declarou que “eleições limpas você não tem que discutir”

Candidato à reeleição pelo PL, o presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta 3ª feira (13.set) que defende eleições limpas e reafirmou que se for reeleito em outubro o Auxílio Brasil de R$ 600 será permanente. Pontuou que em seu governo, ao contrário de benefícios de governos anteriores, mesmo conseguindo emprego o cidadão não deixará de receber o benefício.

“É um valor que hoje você compra muito mais do que o valor de R$ 190 do Bolsa Família. Você bota muito mais gasolina no seu carro do que o salário mínimo de governos anteriores”, comparou. O mandatário lembrou também que as mães solteiras ou mulheres chefes de família seguirão com o valor dobrado, de R$ 1.200.

As declarações foram dadas durante sabatina, ao vivo, na noite desta 3ª no Candidatos com Ratinho, do apresentador Carlos Massa, do SBT. Bolsonaro foi o primeiro entrevistado, seguindo a escolha das próprias assessorias dos presidenciáveis, de acordo com suas agendas. Nos próximos dias, serão ouvidos os outros candidatos mais bem colocados nas pesquisas.

Durante participação nos estúdios da emissora, em São Paulo, Bolsonaro também repetiu que a liberdade dos brasileiros está em jogo; exaltou programas sociais do governo, e voltou a aposta na pauta de costumes e no tom religioso presentes em sua campanha.

Na primeira pergunta, o candidato foi indagado sobre a atuação de seu governo em meio a pandemia da covid-19 e de uma crise mundial, potencializada pela guerra da Ucrânia. “Enfrentamos uma pandemia, uma seca nunca vista no ano passado e uma guerra com efeitos no mundo todo. Atacamos nas duas frentes: comprando vacina na hora certa e recursos para estados e municípios para que a economia não quebrasse”, disse.

Bolsonaro apontou que brasileiros ‘invisíveis’ até então por programas sociais do governo, foram cadastrados e auxiliados. “Pagamos o equivalente a 15 anos de Bolsa Família para 68 milhões de pessoas. Isso evitou um caos no Brasil, esse recurso ajudou que as pessoas sobrevivessem.”

Indagado sobre as acusações de machismo, Bolsonaro afirmou que o seu governo foi o que mais investiu em ações e benefícios voltados a elas. “É narrativa, Ratinho. Não é o que você vê nas ruas quando eu saio. E as mulheres não estão entrando nessa pilha da oposição”, justificou, alegando que tem sido muito bem recebido pelo eleitorado feminino.

O presidente disse ainda que, em sua gestão, o número de violência contra mulheres caiu e que seu governo foi “o que mais prendeu machões pelo Brasil”.

Bolsonaro ressaltou que criou vários programa sociais para mulheres, como o seguro defeso extensivo a elas — programa até então pago somente aos homens pescadores –, e programas da Caixa, como empréstimos com condições diferenciadas para microempreendedoras.

Ratinho perguntou a Bolsonaro se, mesmo diante das críticas da imprensa e das dificuldades do cargo, se valia a pena ser presidente de novo. O mandatário foi categórico e, após garantir que sim, elencou as benfeitorias de seus últimos anos de governo.

“Estamos há 3 anos e meio sem corrupção no governo. Não adianta querer inventar aqui. As estatais até anos atrás davam prejuízo e hoje até o Correios está dando lucro, quem diria. Foi lá no Correio que nasceu o mensalão e hoje dá lucro. O governo nosso tem diminuído imposto.  Zeramos os impostos federais da gasolina, diesel, etanol. E o governo está arrecadando mais, o desemprego está em queda, a informalidade votou em níveis antes da pandemia”, afirmou Bolsonaro.

Ao dizer que, em breve, os brasileiros iriam sentir a queda no valor dos alimentos, o candidato pontou que o governo zerou os impostos federais da cesta básica e que, com o incremento da agricultura familiar, a tendência é de mais redução nos supermercados: “Vão cair de preço e ninguém precisa se preocupar”.

Quando perguntado sobre os erros de seu governo, disse que comete excessos e que dentre eles estão “falar alguns palavrões de vez em quando e o pessoal leva para o outro lado. De resto, tudo certo”. E concluiu: “Eu falo palavrão, mas não sou ladrão”.

Sobre segurança pública, Bolsonaro disse que os decretos de arma foram editados com responsabilidade e contribuíram com a redução no índice de criminalidade: “Os nossos decretos foram baixados com responsabilidade dando direito ao cidadão de bem comprar uma arma e a posse inibe a violência. Santa Catarina é o estado que tem mais clube de tiro e mais posse de arma de fogo, isso inibe. Ninguém vai entrar numa fazenda sabendo que o dono está armado. Então isso tem diminuído a violência no Brasil”.

Sobre a pandemia da covid-19, Bolsonaro afirmou que agiu rápido, comprou vacinas, e que a pandemia “deixa legado” como a abertura de novos leitos hospitalares. O presidente citou que contribuiu para a sansão do decreto que criou o Piso Nacional da Enfermagem e criticou a decisão recente do ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), que, em liminar — que está sendo analisada nesta semana pelos demais ministros da Corte –, suspendeu a eficácia da lei.

“Lamentavelmente está suspenso por uma decisão do ministro Barroso. Votaram a nosso favor, o nosso ministro André Mendonça, Nunes Marques e outro ministro lá. Espero que fique seis a cinco para nós. E espero que o Supremo não interfira mais uma vez numa coisa que não é competência deles.”

O presidente foi questionado sobre uma ascensão da esquerda na América Latina como um todo e sobre o diálogo com esses governos em um eventual segundo mandato e descartou a possibilidade. Chamou atenção para alianças que na avaliação dele podem ser nocivas ao país.

“Venezuela, o país mais rico do mundo em petróleo e tem um povo pobre tendo em vista a escolha do governante. O comunismo não deu certo em lugar nenhum. O país também que está com alguma complicação é o Chile, que estava todo arrumadinho e outro que entrou nessa rota foi a Colômbia”, afirmou o presidente.

Sobre o resultado das eleições de outubro, Bolsonaro afirmou que “eleições limpas você não tem que discutir” e reiterou que tem sido muito bem recebido por onde passa pelo país.

O Candidatos com o Ratinho volta a ouvir os presidenciáveis na próxima semana. Na 2ª feira (19.set) será a vez de Ciro Gomes (PDT); Simone Tebet (MDB) está confirmada para 3ª feira (20.set). O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ainda não confirmou presença. Com duração de 30 minutos ininterruptos, todas as entrevistas serão ao vivo.

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