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Acirm emite nota de repúdio a suposto boicote a empresas que não aderiram às manifestações contra resultados das eleições

A Associação Comercial e Industrial de Rolim de Moura (Acirm) emitiu, na tarde desta quarta-feira (9), uma nota de repúdio sobre um suposto pedido de boicote a empresas que não adeiram às manifestações contrárias aos resultados das eleições, que ocorreram em 30 de outubro.

Em nota, a Acirm diz que “vivemos em um país democrático e somos todos empresários que lutamos diariamente para nos mantermos no comércio, gerando empregos e pagando nossas contas”.

Entendendo a gravidade das acusações levianas em atentado à democracia, a Acirm pediu que a “população não dê ouvidos a essas listas que circulam de maneira ilegal e que propaga o mal desnecessário”, atitudes estas que “não tem outra finalidade a não ser o de prejudicar a nossa amada Rolim de Moura.

Entenda o caso

Logo após o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) confirmar a vitória de Lula (PT) sobre Bolsonaro (PL), manifestantes apoiadores do atual presidente iniciaram diversas manifestações pelo Brasil.

Uma delas, que ganhou força principalmente no Whatsapp, foi chamada de “Lista do PT”, onde listava empresas consideradas petistas por não aderirem aos movimentos antidemocráticos. O TribunaTOP teve acesso a uma dessas listas e, obviamente, não irá divulgar.

Nas mensagens, muitas com cunho ofensivas e de ameaça, internautas dizem que essas empresas “não merecem ter clientes que acreditam no Brasil”.

Outros dizem que empresas da “esquerda” devem ter lucos apenas “de petistas”, classificados como “parasitas” e “vagabundos” pelos internautas extremistas.

Nas redes sociais rolimourenses, as mensagens ganharam mais força após uma reunião entre empresários na manhã da última quinta-feira (3) onde foi decidido que os apoiadores das manifestações iriam fechar as portas dos comércios na quinta, sexta e sábado passado.

Na segunda-feira (7), manifestantes apoiadores de Bolsonaro convocaram empresários para aderirem a uma “greve geral”. O ‘manifesto’ foi registrado em Rondônia e em vários outros estados.

O apelo para a “greve geral” acabou não surtindo o efeito esperado, pois foi observado que grande parte dos comerciantes não aderiram à “greve geral”, justamente em período de fim de ano e com a proximidade do pagamento do 13º salário a seus funcionários. O que gerou mais ‘rebuliço’ nas redes sociais pedindo boicote a essas empresas que ficaram abertas.

Toda essa manifestação pedia, entre outras coisas, uma “ação” das Forças Armadas Brasileiras diante da derrota de Bolsonaro nas urnas, alegando que o processo eleitoral havia sido “fraudado”.

No entando, o Ministério da Defesa divulgou no começo da noite desta quarta-feira (9), o tão esperado relatório, que caiu como uma chuva de água fria nos manifestantes.

O relatório afirmou que não houve elementos que indiquem possibilidades de fraude, além de confirmar a vitória de Lula.

Fonte: Da redação TribunaTOP

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