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Após governo reduzir taxas de juros, bancos suspendem consignado do INSS

Os bancos decidiram suspender o crédito consignado para beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), dias após o governo federal reduzir as taxas de juros da modalidade de crédito, de 2,14% para 1,7% ao mês.

O novo teto é 0,44 ponto percentual menor que o antigo limite, que vigorava desde 2022. O teto dos juros para o cartão de crédito consignado também caiu, de 3,06% para 2,62% ao mês (a mesma redução de 0,44 p.p.).

As reduções foram aprovadas por 12 votos a 3 pelo Conselho Nacional da Previdência Social (CNPS) e entrarão em vigor assim que a instrução normativa for publicada no Diário Oficial da União. Elas beneficiariam cerca de 8 milhões de pessoas com empréstimos descontados diretamente na folha de pagamento, segundo o Ministério da Previdência Social.

A suspensão do consignado do INSS foi revelada pelo g1 e confirmada pelo InfoMoney. O Itaú (ITUB4) confirmou à reportagem a suspensão do consignado do INSS, sem dizer o motivo. O Bradesco (BBDC4) não respondeu aos questionamentos enviados até a última atualização deste texto.

Já a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) afirmou que a suspensão não é uma “decisão coletiva” e cabe a cada um dos seus associados. “Cada banco tem sua estratégia comercial de negócio na concessão de linhas de crédito e não houve qualquer decisão coletiva”.

“Os bancos que ofertam o consignado não reportaram à Febraban a suspensão da linha”, afirmou a federação em nota. “Cada banco tem sua política comercial de concessão de crédito, não cabendo reportar à Febraban as linhas de crédito que concedem ou deixam de conceder”.

Bancos mais afetados – O CNPS estipula somente o teto dos juros, mas a definição da taxa que será cobrada cabe às instituições financeiras (por isso que elas podem decidir não oferecer mais a modalidade de crédito, diante do novo limite).

Segundo análises do Itaú BBA e Bradesco BBI, o Banco Pan (BPAN4) deve ser o banco mais afetado pela redução dos juros e Banco do Brasil (BBAS3), o menos.

Para os analistas, o impacto no resultado do Pan pode ser ainda mais significativo, uma vez que os lucros atribuídos a esses créditos serão acumulados — e isso é também uma má notícia para seu controlador, o BTG Pactual (BPAC11), indiretamente (Fonte: InfoMoney)

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