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Brasil discute Pix internacional com 4 países, diz Campos Neto

 

O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, afirmou nesta segunda-feira (27/2) que a autoridade monetária está discutindo o projeto do Pix internacional com pelo menos quatro países latino-americanos: Uruguai, Colômbia, Equador e Chile.

Segundo o presidente do BC, a ideia é formar um bloco de países que utilizem o sistema instantâneo de pagamentos e transferências na América Latina.

“Estamos pensando como fazer o Pix internacional. Alguns países da América Latina já estão discutindo conosco como eles vão adotar o Pix. Achamos que vai ter um bloco. Você viaja entre os países e faz o pagamento automático. Assim, se resolve o problema do pagamento transfronteiriço”, disse Campos Neto.

“Estamos trabalhando com Uruguai, Colômbia e Equador. O Chile também nos procurou”, completou o presidente do BC, que participou de um evento promovido pelo Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP), em Brasília.

“Acho que isso é uma forma de unificar o bloco, sem necessidade de falar em termos de moeda (única). Se a gente tem um pagamento instantâneo, já unificado, nós já fazemos o trabalho de pagamento transfronteiriço”, concluiu Campos Neto.

Segundo um estudo do BC, cerca de 9 milhões de brasileiros abriram contas bancárias para utilizar o Pix. Até dezembro de 2022, o sistema contava com mais de 141 milhões de usuários cadastrados e 550 milhões de chaves registradas (CPFs/CNPJs, e-mails, celular e sequências aleatórias). O Pix movimentou R$ 10,9 trilhões no ano passado.

Real digital

Ainda segundo o presidente do BC, o real digital, futura moeda virtual do país, deve começar os testes com um projeto-piloto a partir de março.

O real digital é a moeda digital desenvolvida pelo BC que funcionará como extensão das cédulas físicas de dinheiro e alternativa para operações eletrônicas.

O objetivo é que a moeda esteja em funcionamento até o fim de 2024.

“No mês que vem, a gente vai ter o projeto-piloto funcionando, um piloto da moeda digital. O Brasil vai ser um dos primeiros países do mundo a fazer isso”, disse Campos Neto.

Sugestão para abolir o limite por operação foi feita em setembro pelo Fórum Pix

Por Metropoles
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