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Números foram divulgados pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas. Governo federal citou medidas que terão consequência para grandes produtores, agricultores e consumidores.
Os alimentos mantêm tendência de queda e registraram, em junho, a maior redução de preço em 45 meses na cidade de São Paulo. No mês passado, tiveram deflação de 0,80%, mostrou a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). A inflação média em junho ficou praticamente estável no município, com recuo de 0,03%, apontou uma reportagem da coluna Vaivém das Commodities. De acordo com o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), as estatísticas são consequência de medidas como o Plano Safra 2023/2024, lançado em junho, com R$ 364,22 bilhões para apoiar a produção agropecuária nacional de médios e grandes produtores rurais. O crédito rural significou um aumento de 27% em relação ao financiamento do ano passado, de R$ 287,16 bilhões.
Também no mês de junho, o presidente lançou o Plano Safra da Agricultura Familiar, que destina, para a safra 2023/2024, um total de R$ 71,6 bilhões de crédito rural por meio do Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar). “Trata-se do maior valor já destinado na série histórica, sendo 34% superior ao anunciado na safra passada”, disse o PT.
Outra proposta citada pelo partido foi o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), relançado em março com o objetivo de ampliar o acesso à alimentação saudável e incentivar a produção local, promovendo o desenvolvimento econômico e social das comunidades rurais. Aumentou o valor individual que pode ser comercializado pelos agricultores familiares, de R$ 12 mil para R$ 15 mil, nas modalidades Doação Simultânea, Formação de Estoques e Compra Direta.
Ao comentar os números da Fipe, o Partido dos Trabalhadores afirmou que “a retração interna dos preços se espalha por quase todos os segmentos da alimentação”. “Das 20 maiores pressões de queda na taxa de inflação, 16 são da agropecuária”.
As principais quedas do mês favorecem os consumidores de menor renda, uma vez que ocorreram em feijão, frango, leite e tomate. O arroz e o pãozinho, no entanto, estão na outra ponta, ainda apresentando alta. Oferta menor do produto faz com que os consumidores paulistanos pagassem 7,5% a mais pelo arroz no acumulado dos seis primeiros meses. O pãozinho ainda sofre os efeitos da pressão do trigo no mercado internacional.
A carne, grande fator de pressão nos anos anteriores, devido às exportações e preços internacionais aquecidos, mudou de tendência. No primeiro semestre deste ano, a bovina teve retração de 6,6%; a de frango, de 14,3%, e a suína, de 4,6%. No caso da carne bovina, os 14 cortes relacionados na lista de pesquisa da Fipe mostraram queda de preços em junho, comportamento que é repetido no acumulado do ano. Neste semestre, a costela de boi tem retração de 5,6% no preço, e o filé mignon, de 6%. A picanha, que ficou 1,2% mais barata no mês passado, acumula queda de 5,7% de janeiro a junho.
Principal alta de preços de 2019 a 2022, quando havia acumulado elevação de 164% para os consumidores, devido à forte demanda externa pela soja brasileira, o óleo de soja vem contribuindo há vários meses para uma contenção da taxa inflacionária. Neste ano, os preços já caíram 24% nas prateleiras de supermercados.
A pressão diminui também sobre outros alimentos básicos, como fubá e farinha de milho, mas continua em ovos, que teve reajuste de 23% no ano.
FONTE:
https://www.brasil247.