Tribunal de Justiça expediu um mandado de prisão preventiva contra Eder Viterbo
Um empresário de Itanhaém, no litoral de São Paulo, foi preso por ser suspeito de ter estuprado a própria enteada durante oito anos e de tê-la engravidado duas vezes. O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) expediu um mandado de prisão preventiva para Eder Garcia Soares Viterbo, de 61 anos, por conta dos crimes que aconteceram entre 2012 e 2020.
O g1 tentou contato com a defesa de Viterbo por telefone e, também, por e-mail, mas, até a publicação desta reportagem, não houve retorno.
O mandado foi expedido, na última quarta-feira (5), já que o suspeito deixou decorrer o prazo do edital de citação sem se apresentar e, também, sem constituir um defensor. De acordo com informações do TJ, divulgadas nesta terça-feira (11), ele foi preso preventivamente.
Uma publicação no Diário de Justiça do Estado de São Paulo (DJ-SP), em agosto deste ano, aponta que Viterbo praticou atos libidinosos e estuprou a menina, sistematicamente, entre os anos de 2012 e 2020. Na época do início dos ataques, a vítima tinha 11 anos de idade.
Segundo a denúncia obtida pelo g1, o empresário, então padrasto da vítima, aproveitava-se da proximidade com a menor para praticar os crimes. A partir de 2015, quando a menina completou 14 anos, além do estupro, o suspeito começou a fazer ameaças, afirmando que mataria a mãe e outros familiares dela caso não cedesse durante os ataques ou caso contasse que havia sido vítima de um estupro para alguém.
O crime foi revelado após a adolescente engravidar pela segunda vez. De acordo com a publicação no DJ-SP, a menina foi confrontada pela mãe sobre quem era o pai do bebê, tendo em vista que ela não saia de casa e também não tinha nenhum relacionamento conhecido, já que estava cuidando do filho recém-nascido. Neste momento, a vítima teria relatado à mãe todo o ocorrido, inclusive que Viterbo foi o responsável pelas duas gestações.
A reportagem do g1 entrou em contato com a assessoria do TJ-SP e com a 2ª Vara da Comarca de Itanhaém, que expediu o mandado de prisão, para obter mais informações sobre o caso. Os órgãos afirmaram que o processo está sob segredo de Justiça, não sendo possível passar detalhes sobre o andamento das investigações.