Ao menos oito pessoas ligadas ao presidente foram eleitas para Câmara e Senado
O Partido Liberal (PL), de Bolsonaro, teve o melhor desempenho nas eleições e será a maior bancada do Congresso Nacional, a partir de 2023 | Valter Campanato/Agência Brasil
Ex-ministros e aliados do governo do presidente Jair Bolsonaro (PL) conseguiram vitória expressiva na disputa por vagas no Congresso Nacional nas eleições deste domingo (2.out). Ao menos oito pessoas ligadas ao atual chefe do Executivo foram eleitas e vão precisar dialogar com um eventual novo governo.
A ex-ministra da Mulher e dos Direitos Humanos, Damares Alves, conquistou uma vaga no Senado pelo Distrito Federal, com 44,98% dos votos válidos. Além dela, Marcos Pontes (PL-SP), ex-ministro da Ciência e Tecnologia, Rogério Marinho (PL-RN), do Desenvolvimento Regional, e Jorge Seif (PL-SC), da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, também receberam a maioria dos votos em seus respectivos estados e chegaram ao Senado.
O ex-ministro da Justiça Sergio Moro (União Brasil) também conquistou uma vaga na Casa pelo Paraná, apesar de ter rompido com Bolsonaro poucos meses após a nomeação. Já Hamilton Mourão (Republicanos), vice-presidente da República, foi eleito senador no Rio Grande do Sul.
Na Câmara dos Deputados, foram eleitos os ex-ministros do Meio Ambiente, Ricardo Salles (PL-SP), e da Saude, Eduardo Pazuello (PL-RJ). Pazuello, alvo de investigações da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia por compra irregular de vacinas, foi o segundo mais votado para a Câmara no Rio, com 205 mil votos válidos.
O Partido Liberal (PL), de Bolsonaro, teve o melhor desempenho nas eleições e será a maior bancada do Congresso Nacional, a partir de 2023. Para a Câmara, a legenda conseguiu eleger ao menos 23 deputados federais — que somados chegam a 99. No Senado, a sigla vai ocupar 14 cadeiras.
Independentemente do resultado, é importante que o Presidente da República tenha interlocução com deputados e senadores para conseguir apoio para aprovar projetos e aplicar os planos de governo. Um exemplo é a presidência das comissões permanentes, como a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) — considerada a mais importante tanto no Senado quanto na Câmara. As maiores bancadas têm prioridade nas escolhas dos presidentes dessas comissões.sbtnews.