O vice-presidente e corregedor do TRE-DF (Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal), o desembargador Sebastião Coelho da Silva, fez críticas ao ministro Alexandre de Moraes, presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) nesta sexta-feira.
De acordo com Silva, Alexandre “fez uma declaração de guerra ao país” durante seu discurso de posse, na última terça-feira (16). As informações são do portal Metrópoles.
As críticas foram feitas durante reunião dos integrantes do TRE-DF, quando o desembargador também anunciou sua aposentadoria. Coelho Silva alegou que não está feliz com o STF (Supremo Tribunal Federal).
“Há muito tempo, não estou feliz com o Supremo Tribunal Federal. Então, quem não está feliz com o órgão, não pode continuar”, disse o vice do TRE-DF.
Ele também explicou as razões pelas quais ele não compareceu à posse de Moraes no TSE. “Juiz não é político ou celebridade para tuitar”, declarou o desembargador.
De acordo Coelho Silva, o discurso de Moraes “inflama”.
“É um discurso que não agrega. E eu não quero participar disso”, continuou. “Eu não vou cumprir discurso de ministro. O magistrado tem que ter sobriedade”, defendeu.
Esta não foi a primeira vez que Coelho Silva criticou as falas de juízes fora de votos e decisões oficiais. Em abril deste ano, quando tomou posse como vice-presidente do TRE-DF, ele argumentou que magistrado “não é político nem celebridade” para aparecer em redes sociais.
“Juiz responde a tudo com as suas decisões. Quando juiz tiver de explicar a sua decisão, alguma coisa não está certa. Juiz não é político nem celebridade para ficar tuitando, dizendo isso ou aquilo. Isso não é próprio para o juiz, especialmente para o juiz eleitoral. O juiz eleitoral deve responder às críticas por meio de nota oficial do tribunal”, afirmou à época.
Defesa da urna
O ministro Alexandre de Moraes foi ovacionado durante o discurso que proferiu em sua posse como presidente do TSE na última terça-feira (16). Moraes fez uma defesa enfática do processo eleitoral brasileiro e afirmou que não irá tolerar que fake news atrapalhem as eleições deste ano.
“Assim, atuará a Justiça Eleitoral, de modo a proteger a integridade das instituições, o regime democrático e a vontade popular. Pois a Constituição Federal não autoriza que se propaguem mentiras que atentem contra a lisura, a normalidade e a legitimidade das eleições”, reiterou.
Entre outras autoridades, acompanharam a sessão solene, o candidato à reeleição ao Planalto, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e os ex-presidentes José Sarney (MDB) e Dilma Rousseff (PT).
Fonte: br.noticias