A Justiça concedeu a prisão preventiva e equipes da polícia fazem buscas pelo suspeito.
Conforme a polícia, o homem se apresentou espontaneamente perante a autoridade policial para admitir que no último dia 12 de janeiro, após uma briga, saiu da casa da atual companheira e voltou para a casa dele acompanhado da filha.
Nervoso com o atrito anterior, viu a criança urinar no chão por duas vezes, sendo que, na terceira, para “corrigi-la”, deu um soco na menina, que caiu no chão e bateu com a cabeça.
Para a polícia, o homem contou que tentou reanimar a vítima, mas viu que ela tinha morrido. Por isso, pegou as roupas dela, embrulhou o corpo e pediu carona para uma pessoa não identificada, que o levou até próximo o local onde deixou o corpo, em um local de mata, próximo a um riacho e ateou fogo.
O investigado indicou a localização exata aos policiais civis, e a equipe encontrou o corpo da criança, parcialmente queimado, em avançado estado de decomposição, abaixo de alguns galhos e folhas, utilizados pelo suspeito para escondê-lo.
O homem ainda disse para a polícia que, após os fatos, foi para São Paulo, mas considerando que “sua consciência não permitiu”, retornou para Monte Santo de Minas, ligou para sua advogada e se apresentou à polícia.
A primeira informação era de o que homem havia sido preso, mas ele foi liberado logo após o depoimento por não estar em estado de flagrância. Por volta de 17h, o homem ainda não havia sido encontrado. Ele responderá por homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver.
Na decisão que concedeu a prisão preventiva, o juiz Mateus Queiroz de Oliveira, de Monte Santo de Minas, diz que há indícios de que o homem tentou se esquivar da responsabilidade penal, ateando fogo no corpo da vítima e se apresentando cinco dias após o fato.
Pai tinha a guarda da criança
Segundo o delegado responsável pelo caso, desde o final de dezembro de 2022, a menina teve a guarda repassada para o pai, que mora no bairro Jardim Brasil.
O suspeito, de 21 anos, já tem passagens pela polícia desde os 13 anos e já cumpria pena por tráfico de drogas. A mãe da criança também tem passagens pela polícia e é usuária de drogas.
Os restos mortais da criança foram encaminhados para o IML de Passos.
Fonte: G1 MG