Funcionárias relataram à PM que o suspeito “exige ser atendido por profissionais mulheres”
Na manhã do último sábado (8) a Polícia Militar (PM) foi acionada para atender uma ocorrência em uma das alas do Hospital de Base em Porto Velho (RO). No local, uma mulher de 39 anos disse que por volta das 7h percebeu que o idoso, de 66 anos, estava olhando fixamente para ela.
A mulher contou que estava no hospital acompanhando o filho que também era paciente. E conta que o idoso estava pelado, tirou o lençol que o cobria e se masturbou na frente dela. A vítima saiu correndo do local e foi à enfermaria para relatar o que havia acabado de acontecer. Momento em que a PM foi acionada.
De acordo com o boletim de ocorrência, as técnicas de enfermagem que trabalham no local, informaram aos policiais que o suspeito “não aceita que profissionais homens cuidem dele”. Segundo as trabalhadoras, na hora de tomar banho ele “exige que seja uma mulher e que ela lave as partes íntimas dele e afirma que elas são pagas para isso”.
Diante da situação, foi dada voz de prisão ao suspeito e informado os seus direitos constitucionais. A ocorrência de importunação sexual foi apresentada na Central de Flagrantes para as providências cabíveis.
O idoso está internado no Hospital de Base desde o dia 23 de dezembro de 2021, e segundo o registro da delegacia, não tem previsão de alta.
O delegado de plantão na Central de Flagrantes, recebeu a ocorrência e confirmou a voz de prisão dada pela PM. A Declaração de Recolhimento ao Presídio e outros procedimentos foram expedidos. Pelo fato do suspeito estar hospitalizado, para ele é designada uma escolta policial.
Ao g1, o delegado Silvio Stanley explicou como são feitas as diligências diante de um suspeito hospitalizado.
“Quando o infrator está hospitalizado sem previsão de alta médica o auto de prisão em flagrante é feito normalmente, mesmo sem interrogatório. O infrator no instante que a PM (ou outra força policial) apresenta a notícia do crime, o delegado oficia a Secretaria de Estado da Justiça (Sejus) para que o infrator, daquele momento em diante, fique sob custódia policial”.
“A Sejus tem uma unidade específica para isso dentro do João Paulo II. O flagrante é feito com todas as determinações, inclusive a guia de recolhimento, pois assim que o infrator for apresentado pela Sejus, ele é interrogado e, então, é conduzido ao presídio”, informou o delegado.
O Conselho Regional Enfermagem de Rondônia (Coren) informou que deve averiguar o caso. A Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) não se manifestou oficialmente sobre a situação até a publicação desta reportagem.
Fonte: DIÁRIO DA AMAZÔNIA