A cobertura vacinal da tríplice viral, que protege contra sarampo, caxumba e rubéola, atingiu a taxa de 48,97% este ano, considerada baixa diante da meta de chegar a 95%, e o Estado de Rondônia, por meio da Agência Estadual de Vigilância em Saúde – Agevisa pede à população que busque pela imunização nas unidades municipais de saúde para evitar que as doenças tornem-se emergência de saúde.
Dentro da rotina vacinal, a primeira dose da tríplice viral é indicada aos 12 meses de idade e a segunda dose aos 15 meses. Quem não se vacinou no período indicado, e está na faixa dos 5 a 29 anos, pode receber as duas doses, com o intervalo de 30 dias entre elas. Os que estão na faixa etária entre 30 e 49 anos, recebem uma dose. Já os profissionais de saúde, independentemente da idade, devem ser imunizados com as duas doses, respeitando também o intervalo de 30 dias.
Além disso, esse ano Rondônia e mais três Estados, que fazem fronteira com a Bolívia, onde um caso de rubéola foi confirmado, receberam a determinação do Ministério da Saúde para aplicarem a dose zero da tríplice viral em crianças com idade entre seis e 11 meses. A aplicação da dose zero sinaliza o esforço de manter a doença sob controle diante do risco para a introdução e disseminação do vírus.
Em 2019, Rondônia não só cumpriu, como ultrapassou a meta recomendada de cobertura vacinal da tríplice viral, alcançando 106,42%, referente à primeira dose. Porém, houve queda na imunização durante o período de pandemia. Este ano, com a covid-19, perdendo o status de emergência de saúde, está sendo executada campanha nacional para melhorar a cobertura vacinal.
O Estado tem a meta de vacinar, em 2022, 163.379 pessoas, sendo 12.986 de seis meses a menor de um ano (dose zero), 25.791 abrangendo crianças com 1 ano; 27.985 contemplando crianças com dois anos; 27.985 referente as que têm 3 anos; 27.985 relacionadas às crianças de quatro anos e 40.737 compreendendo os profissionais da saúde.
A rubéola, assim como o sarampo e a caxumba, têm em comum a transmissão viral e a única forma de evitá-las é por meio de vacina. Segundo a Agevisa, ao contrário da rubéola, em que não há mais registro de casos no Brasil, o sarampo perdeu o Certificado de Interrupção da Transmissão do vírus em 2018, e os esforços são para recuperar essa condição. Já a caxumba está sob controle no País.
O sarampo se caracteriza pelas erupções cutâneas, visualizadas como manchas vermelhas, e também pela febre e tosse. Na sua forma grave, pode levar à morte. Já a caxumba afeta as glândulas salivares, provocando inchaço e dor, e pode também afetar testículos, cérebro e o pâncreas. Enquanto que os principais sintomas da rubéola são manchas vermelhas no rosto, febre, dor de cabeça e ao engolir. Ela é considerada grave, na forma congênita, transmitida da mãe para o bebê, podendo levar malformações ou até mesmo ao aborto.
”As baixas coberturas de 2020 a 2022 nos deixa em risco de que ocorram casos dessas doenças com todas as suas consequências. O sarampo, por exemplo, é uma doença muito grave, e que tem facilidade de transmissão, risco de hospitalização, com o custo de manejo do paciente muito caro para a sociedade. Na época da pandemia, realmente era muito grave que as pessoas buscassem imunização nas unidades básicas de saúde, mas agora que a covid-19 desacelerou o status de emergência em saúde, estamos intensificando nossas ações”, afirma a gerente técnica de Vigilância Epidemiológica da Agência Estadual de Vigilância em Saúde – Agevisa, Arlete Baldez.
Secom